top of page

Carnaval de rua de São Miguel Pta.

FACEBOOOK CARNAVAL.jpg

O que não faltou foi gente para prestigiar o Carnaval de Rua de SP no bairro de São Miguel Paulista, realizado na tarde de terça feira, (28) de fevereiro, último dia da folia. Ninguém conseguiu ficar parado e a musica rolou solta ao embalo das tradicionais marchinhas e animação contagiante dos blocos que deram um colorido especial aos foliões presentes.

Realizado pela primeira vez na Av. Dep. José Aristodemos Pinotti, na Cidade Nova São Miguel, o carnaval do bairro contou com aproximadamente 5 mil pessoas e foi completamente atípico, pois, além das tradicionais marchinhas e blocos a programação foi diversificada e contou com a participação de vários segmentos culturais existentes na região. O publico prestigiou desde apresentação de fanfarra escolar, intervenção poética, desfile de modelos à apresentação de forró pé de serra que agitaram uma grande quadrilha junina em pleno carnaval. Para os pequeninos, brinquedos infláveis e distribuição de algodão doce gratuitos.

O Carnaval de Rua de São Miguel iniciou com a passagem da fanfarra do Instituto de Arte de São Miguel IASM coordenado pelo Professor Wagner da escola Dom Paulo Rolim Loureiro, seguido pela passagem do trio elétrico que desfilou com o Bloco Amigos de São Miguel coordenado pelo Jornalista Vitor Santos. Na sequencia, as apresentações aconteceram no palco fixo montado pela Casa de Cultura de São Miguel Antônio Marcos com apresentação do “arrumadinho” de forró Pé de Serra com Cacá Lopes , Karlinhos Arcoverde, Delegado e Zé da Lua , além da apresentação poética do Movimento Aliança da Praça-MAP , coordenado por Rafael Carnevalle. Após apresentações de palco, o desfile continuou com o Bloco Auto Estima Brasil coordenado por Ana Paula Queiroz que trouxe como destaque a Musa do Carnaval de São Miguel Paulista 2017 Jéssica Camargo, em seguida o Bloco Afro Babalotim coordenado por Solange Camargo esbanjou alegria trazendo a corte do carnaval com o Rei Momo Armando acompanhado pela rainha Yane , princesa Haluany e cantora Luci Rosa que demonstrou a força da cultura africana no bairro. Na sequencia passou o Bloco do Baião com os músicos Cacá Lopes, Sacha Arcanjo, Ceciro Cordeiro, Karlinhos na Sanfona, Delegado no Triangulo, Zé da Lua na Zabumba e participação especial do Prefeito Regional Edson Marques. O Encerramento ficou por conta do Bloco União no Morro, coordenado pelo carnavalesco Mauro Camargo, que além de mestre sala, porta bandeira e comissão de frente, encerrou com chave de ouro o Carnaval de Rua de São Miguel Paulista 2017 com sua bateria nota 10.

COMO TUDO COMEÇOU

Tudo começou em novembro de 2016 por iniciativa de Wagner Ufracker (Zé da Lua) da TV São Miguel e pelo músico Cacá Lopes que inscreveram junto a Secretaria de Cultura o Bloco do Baião para participar do Carnaval de Rua de São Paulo em São Miguel Paulista.

Em janeiro de 2017 Zé da Lua iniciou a organização, convidou alguns grupos culturais do bairro para participar e reuniu-se com o Prefeito Regional Edson Marques para informa-lo sobre o evento e solicitar apoio da Prefeitura Regional.

O PR Edson Marques disponibilizou seus assessores para acompanhar a organização, foi criada uma comissão e a Prefeitura Regional solicitou todo o apoio necessário. Durante esse intermédio foram realizadas 12 reuniões.

Festejos de Aniversário São miguel Pta.

aniversario-eventos.png

Em setembro se comemora o aniversário do bairro de São Miguel Paulista. São vários anos de culturas e tradições de diferentes povos que nascem e se desenvolvem no bairro entre moradores e visitantes.

Por isso, para comemorar o aniversário e a história, a Subprefeitura de São Miguel em conjunto com a Comissão de Festejos programa diversas atrações especiais para prestigiar o bairro, entre eventos culturais, esportivos e sociais.

O mês inteiro é dedicado a alegrar e homenagear São Miguel com uma grande festa realizada pela prefeitura do bairro, comissão de festejos, sociedade civil e moradores.

São Miguel Paulista surgiu em 1560 com a chegada dos índios na região que receberam a ajuda dos jesuítas. De 1560 a 2019 muita coisa mudou, mas a história marcada com elementos tradicionais não deixou de ser preservada, como a Capela São Miguel Arcanjo, símbolo do bairro, conservada em sua forma original, com paredes em taipa de pilão.

Seminário São miguel Pta.

seminario.png

No dia 19 de maio, às 17h, foi realizado, no CEU Vila Curuçá, o primeiro seminário "São Miguel - Berço de São Paulo, Patrimônio do Brasil". Com mediação do artista Zé da Lua, o evento foi organizado pela TV São Miguel e contou com a presença de pesquisadores, artistas e autoridades locais.
A primeira convidada a falar foi Antônia Sarah Aziz Rocha, doutora em História e Filosofia da Educação pela PUC-SP. A professora foi dirigente de ensino da região (Leste 2 - São Miguel Paulista) e pesquisou a história do local em sua tese "O bairro à sombra da chaminé". Apresentando uma linha do tempo, Rocha levantou os principais acontecimentos que marcaram a história do bairro, tais como: a presença de povos indígenas; a criação da aldeia jesuítica, que teve como ponto culminante a construção da Capela de São Miguel Arcano, hoje símbolo do bairro; e a vinda da empresa Nitro Química e a consequente migração de nordestinos para a região.


O segundo palestrante foi Ruy Barbosa, arquiteto que já colaborou com proposta de anteprojeto para construção da Casa de Cultura de São Miguel Paulista. Sua fala se concentrou naqueles que são considerados os patrimônios do bairro de São Miguel Paulista, tais como a Capela de São Miguel Arcano. De acordo com Barbosa, "a capela não era uma igreja, mas um equipamento que servia como estratégia de ocupação". Com vista para a várzea do rio Ururaí, ela servia à Coroa e controlava o território, antes ocupado pelos povos indígenas. Nos relatos do Padro Anchieta, por exemplo, os Guaianás eram vistos como ponto de resistência. Os portugueses passaram, então, a usar a mão de obra indígena para a construção desses monumentos como forma de subjugá-los.


Além da capela, foi citada a Fazenda Biacica, uma terra doada para que os colonos pudessem ocupar o território como forma de preservação, mas que, com a descoberta do ouro, passou a ser de interesse da Coroa. Oficiais, então, passaram a ocupar a região. "A milícia tinha que entrar junto com a igreja", explicou o palestrante. Por fim, Barbosa discorreu sobre a chegada como a chegada Nitro Química mudou a a característica dessa região já muito disputada. Antes uma área de proteção ambiental, a várzea do rio Tietê passou a ser destinada às indústrias e depois à circulação dos carros, num processo de urbanização sem planejamento que hoje resvala no rio como "um depósito de lixo". O palestrante encerrou sua fala enfatizando a importância dos patrimônios históricos em "servir de testemunho, educar e comunicar um fato".


O terceiro palestrante foi o Pajé Laguna, da comunidade indígena Kariboka. "Nossa história é um pouco confusa, porque aprendemos na escola que negro com índio é cafuzo", foi assim que o líder espiritual abriu sua fala, ressaltando como esse processo de aprendizado foi imposto e ressoa negativamente sobre a questão da identidade indígena. Mas também destacou a importância da ratificação da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho – OIT (Art. 1º, 2), que ressalva o critério da autoidentificação dos grupos sociais, ratificada no governo de FHC, em 2002. Além dessa, ressaltou outras políticas afirmativas ratificadas nos governos de Lula e Dilma, que deram mais liberdade aos povos indígenas

bottom of page